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soutodaamor

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Pérolas da minha infância

Esta remonta há muitos-muitos-muitos anos atrás.

Ao século XX.

Na década de 70.

Amor era piquena.

Férias de Verão.

E férias de Verão que se prezem são passadas na Santa Terrinha. Que no caso, era a da Mamã.

Ora juntava-se a famelga toda na Vila mai linda de Portugal e arredores.

Uns vinham do Centro do país, outros de além-fronteiras.

Juntavam-se tios e primos. Tudo na mesma casa.

Hora da refeição.

Alegria á mesa, pois tá claro.

Criançada piquena, progenitores e tias-avós.

Tudo em confraternização.

E come-se a sopa.

Daquelas feitas em panelão preto. Feita em fogão de lenha. Com TODO o legume e leguminosa a que se tem direito.

DE-LI-CI-O-SA!

E diz a tia-avó:

“Ai que feijão tão duro!...”

(Amor sentada em frente á Tia-Avó…)

“Este feijão é mesmo duro!... Não cozeu bem…”

(Amor começa a olhar pró feijão que tinha no prato…)

“Que raio de feijão é este?! DURO COM’Ó C@R@LH....”

(e vai de “escupir” o bem dito do feijão… á frente d’Amor, que na altura era piquena.)

E o feijão… aquele duro… virou:

BARATA!

BA-RA-TA!

Parecida com o feijão e tudo.

Amor nunca mais viu a sopa com os mesmos olhos.

As coisas que eu leio

Eu ponho-me a googlar e depois dá nisto!

O que eu fui descobrir…

 

“Quando se procura uma explicação para o facto de mais de 500 mil pessoas se dedicarem à manutenção de blogs, a resposta é quase sempre a mesma: esta multidão sem rosto encontrou nos diários virtuais uma voz.
Os blogs oferecem um meio por onde os “simples mortais”, ausentes dos meios de comunicação tradicionais, podem expressar-se e serem compreendidos por inúmeras pessoas. Algumas destas pessoas optam por permanecer sem rosto, ou seja, decidem manter a sua identidade verdadeira em segredo, o que potencializa ainda mais a característica anárquica e libertadora dos blogs. Uma pessoa escondida atrás de um ecrã de computador, ao abster-se de revelar o seu nome, pode expressar-se da maneira como desejar, sem riscos significativos de sofrer retaliações directas.
Por outro lado, muitos autores de blogs, ou “bloggers” querem mesmo é a notoriedade, opinar e serem reconhecidos pelos seus leitores, de modo a obter uma satisfação que ultrapasse as fronteiras do mundo virtual.”

 

Pronto!

Salta a opinião:

 

1 – “(…) esta multidão sem rosto encontrou nos diários virtuais uma voz.”

VOZ??? Mas eu escrevo!!! não estou pr’aqui a falar… a não ser que conte aquelas pessoas que me dizem “Eu quando leio o que escreves parece que te ouço.” Se isso contar, então ok! Eu falo pronto!

 

2 – “Os blogs oferecem um meio por onde(…) podem expressar-se e serem compreendidos por inúmeras pessoas.” Pois é! Acabei de descobrir! Sou uma incompreendida! Preciso de escrever para que me compreendam! C’um caraças pah! E vocês estão a falhar! Ainda ninguém me disse que me compreende…

 

3 – “(…) optam por permanecer sem rosto(…) o que potencializa ainda mais a característica (…) libertadora dos blogs. Uma pessoa escondida atrás de um ecrã de computador (…) pode expressar-se da maneira como desejar, sem riscos significativos de sofrer retaliações directas.”

Olha eu a falhar again! Anunciei o meu blog na minha página de facebook… partilho tudo o que escrevo lá… mas nunca pensei nisto de retaliações! MEDO!

 

4 – “(…) muitos autores de blogs (…) querem mesmo é a notoriedade, opinar e serem reconhecidos pelos seus leitores, de modo a obter uma satisfação que ultrapasse as fronteiras do mundo virtual.”

Mesmo-mesmo isto! Pena é que os “meus leitores” não me notem, só alguns opinam, e não me reconheçam. Lá estão vocês a falhar! Por isso eu ainda não me sinto satisfeita para lá do mundo virtual! E A CULPA É TODA VOSSA!

Comichão na palma das mãos (parte 3)

- as pessoas que fazem comida tipo YAMMY-HHHMMM-QUERO MAIS!

 

Oh pah! É que não havia de existir!

MESMO!

A Toda Amor não consegue fechar o olfacto, os olhos, e a matraca!

E vai daí come, como se não comesse á 3-15 dias!

E depois fica inchada e opada e a arrebentar pelas costuras.

Ontem foi dia de 1ª comunhão da Princesa mai nova.

Explicado?

Eu e Marido tambem nos zangamos...

Já comentei aqui que Maridão A-DOOO-RAAA carros!

Sejam eles o que forem… podres, modernos, antigos, carroçarias, novos a brilhar, usados, só com um pneu, com os quatro pneus, futuristas, artilhados… enfim… CARROS!

Ora se A-DO-RA carros, imaginem o que ele é zeloso com aquilo que lhe pertence.

Pois bem…

A Amor já conduzia há uma meia dúzia de anos. Mas não gostava nadinha de conduzir com o pendura do marido. Porque fazer uma coisa de que não se gosta, e ter de levar com comments é coisa para a qual a Amor não foi feita!

Ora, um belo sábado á tarde, Filhão foi fazer o seu joguinho de futebol aí, a um campito perdido, algures perto do mar. O acesso ao terreno de jogo era do pior que pode haver. A saber:

buracos

BuRaCoS

bUrAcOs

BU-ra-COS

bu-RA-cos

e ainda

BU-RA-COS

Quis o destino que a Amor já estivesse ao volante de seu pópó e Marido de acompanhante. E Amor faz-se á estrada. E já não foi fácil não saber (ao certo) o caminho para o campo de jogos, mas ter de levar com aquela “avenida” de BU-RA-COS, assustou a Amor.

Amor, devagar-devagarinho-parada faz aquela recta que nunca mais tinha fim.

Ora em 325 518 257 buracos a Amor acertou em 5!

CINCO!

C.I.N.C.O.!!

CIN-CO!!!

E satisfeita, estacionou já á entrada do bendito do campo de futebol.

E Maridão abre a boca:

“Só falhaste três!”

OI??!!

“Desculpa???!!!”

“Dos buracos todos, só falhaste três!!!”

COMO É QUE É????!!!!

OK, ENTÃO!!!

A Amor põe o carro a trabalhar…

“O que foi?”

(marcha-atrás)

“Onde vais??”

(acelerador a meio prego)

“Tás a ouvir?? Onde vais??!!”

(acelerador a fundo)

E….

ACERTEI EM 325 518 256 buracos!

Só falhei um!

E fui a pé para o campo.

E fiquei sozinha na bancada.

E o Filhão marcou um golo e dedicou-mo.

E não me alegrou o dia.

 

 

 

 

Coisas estranhas que acontecem porque EU as provoco...

Ora, andava a Toda Amor numa maré de azar.

Naquelas fases da vida em que uma gaja de manhã, não deve á tarde sair de noite.

Nem deve respirar, sequer.

Naquelas semanas-após-semanas em que apetece ser como a avestruz… Ala! Cabeça enfiada na areia até a vida passar.

Pois bem…

A Amor ia sossegadinha da vida, conduzindo, a pensar nos 1001 “problemas” que tinha para resolver e… STOOOOPPPP!

GNR manda encostar. (quase o levo na frente, mas isso são outros mil…)

“OH P*T@ DEITA-TE!!!”

E a Amor encostou… e abriu o vidrinho…

“Boa tarde Sra. Condutora. Os seus documentos e os da viatura se faz favor.”

“Boa tarde Sr. Agente.”

E toca de abrir a malinha (malona vá!) e retirar a carta de condução. E entregá-la ao Sr. Agente. (Rapazinho novinho, quis-me a mim parecer ainda em fase de estágio, pois que ainda tinha acne nas ventas).

E depois foi a procura dos documentos da viatura.

E como a Amor é uma condutora do melhor que há, NUNCA SEI quais são os documentos que os Agentes da Autoridade querem fiscalizar! E vai de perguntar:

“Oh Sr. Agente! Qual destes papéis quer?”

E por papéis entenda-se uma parafernália de papelada, inclusive facturas de não-sei-o-quê que Maridão não guardou, quando foi preciso comprar algo para a viatura.

O Sr. Agente ficou a olhar pra moi. Com olhinhos de “Mas tás a gozar comigo?” E eu, logo:

“Sr. Agente!... Eu não tou a brincar… (verdade)  é que não sei mesmo que documentos quer! (verdade) Eu sou uma azelha nestas coisas!... (verdade) O meu marido já me explicou um par de vezes (mentira!) mas eu não consigo fixar. E tirei a carta á pouco tempo (mentira!) e não sei mesmo.” E répépéu… (GRA-XAAAAAAAAAAAAA)

Sr. Agente, já sem me poder ouvir nem mais um segundo, agarra-me na parafernália de papéis e escolhe-os ele.

E põe-se ali… a fiscalizar tudo-tudo-tudinho.

C’A FILHO DE UMA PROGENITORA PAH!

Ás páginas tantas:

“Quem é este Sr. A.J.C.J?”

“É o meu marido…”

“E a Sra. vive com ele?”

“SIM!” (eu, com cara de DDDAA-AAAAHHHH)

“Ah! E então o Sr. A.J.C.J vive na Rua XPTO e a Sra. na Rua ZDTE! MUITO BEM! Vai ser autuada!”

Congelei!

Eu??? Autuada??? Nesta altura do campeonato??? Em que tudo me acontece??? NEVER-NUNCA-JAMAIS!!!

Saio do carro… em passo decidido vou atrás dele…

“Sr. Agente! Está a ver aquela ponte ali?”

“????” (ele a olhar para mim e para a ponte)

“É assim!... O Sr. autua-me e eu atiro-me da ponte abaixo. Agora é consigo!”

E ficamos os dois a olhar um para o outro.

Na profundeza dos olhos… uns castanhos e outros cor-de-burro a fugir.

Mesmo-mesmo lá no fundo.

E vejo-lhe um trejeito na boca… um esgar de dúvida… e eu (para que não restasse nenhuma e mentindo com os dentes todos):

“Não tenho condições de pagar essa multa… estou desempregada e é só o meu marido a ganhar. Temos três filhos pequenos… passamos fome… o Sr. autua-me e eu atiro-me da ponte abaixo.”

Devolveu-me a carta.

E os documentos da viatura.

E: “Vá tratar de mudar a sua morada Sra. Condutora. Desta vez passa.”

E eu, ala que se faz tarde.

E não é que este foi o 1º acontecimento bom que ocorreu naquelas semanas?

E aos poucos a vida encarreirou…

Ele há coisas do caraças pah!

 

P.S. 1 – Quando contei ao Maridão não quis acreditar. Mas não foi na mentira dos três filhos, nem no desemprego da Amor, nem na fome que passávamos. Não quis acreditar foi no Sr. Agente, com acne nas ventas, a ter de “escolher” os documentos da viatura. E dizia ele: “É por seres gaja! Só pode!” E eu, com ar de ofendida: “Oh mor… mas tu sabes qu’eu sou mesmo uma naba nestas coisas…” E ele: “És-és!”

 

P.S. 2 – E agora, sempre que vejo uma operação stop congelo. É que ainda não fui alterar a morada na bendita da carta…

 

P.S. 3 – E eu que saiba que isto sai daqui!

 

As festinhas de escola... (continuação)

… a tal festa de fim d’ano escolar, que o A. não me quis dizer o que ia fazer.

Fui para lá, na ignorância, total e absolutamente.

Mas deixem-me que vos diga que, se estava orgulhosa do Príncipe por se manter fiel ao segredo da sala dos Power Rangers, também me sentia assim pó zangadita por ele não confiar naquela que lhe deu a vida… Bandalhozito da Mãe!

Bem! A festa!...

O normal… sala a abarrotar de mamãs-papás-avós-tios-primos-vizinhos-cão-e-gato.

A Amor já não chegou a tempo de lugar sentado.

Ok… fica-se em pé! Arrumadinha a um canto. Entre janelas com portadas. E tapada por um pai com 2 por 2 (peso e altura respectivamente…)

A festa começa…

Primeiro vêm os bebés e salinha de 1 ano… coisa mai rica! Até á altura em que começa tudo a chorar e a gritar e a espernear e a esbracejar e… olha! O fim do mundo!

A coisa acalmou-se com a retirada da criançada para o colo dos respectivos papás todos eles lacrimejosos, também.

Depois a salinha dos 2/3 anos… oh coisa mai linda! Portaram-se bem! (já não me lembro a fazer o quê…)

E, FINALMENTE a sala dos POWER RANGERS.

Todos vestidinhos á anos 50!

As meninas quais pin-ups no seu melhor! Autênticas Marylin’s Monroe’s!

Os meninos tal-qual Bill’s Haley’s e Chuck Berry’s!

E no meio dos anos 50 não vislumbrei o meu… não estava! Até nas Marylin’s Monroe’s procurei! NÃO ESTAVA!

MAU! Mas onde anda ele?

E os meninos e meninas (coisas mai lindas) começam a dançar ao som de “Hound Dog”… e ENTRA ELE!

O meu menino…

De ELVIS PRESLEY!

E eu derretiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Oh coisa mai rica-linda-fofi da Mãe!

E quando me vislumbrou por detrás daquele muro de 2 por 2 que (quase) me tapava, desatou a abanicar-se como se fosse a ultima coisa que iria fazer. A dar a dar aos joelhos tal-qual o Elvis!

E eu… SAI PRA LÁ OH COISA GRANDE QUE QUASE ME TAPAS! É O MEU FILHO CARAÇAS!

E pus-me a jeito…

E então, éramos dois… a dar a dar aos joelhos tal-qual Elvis no seu melhor! Ele no palco e eu em primeiríssima fila…

Fiz figuras?

FIZ POIS!

QUE-RO-LÁ-SA-BER!!!

Hoje, passados 20 anos, fazia-as outra vez!

Alguém duvida??? 

As festinhas de escola...

Na semana passada, foi a altura das festinhas de final de ano escolar.

E lembrei-me de alguns episódios vividos com o meu Príncipe. Já lá vão 20 anos…

 

Filhão tinha 4 anos.

E era a festa de fim d’ano.

E filhão ia actuar.

Mas não dizia do que ia.

“A posefoda num deixa mamã…”

“Pronto tá bem A. Mas a mamã não conta a ninguém… é um segredo só nosso… SIM?!”

“Nã-nã! O segêdo é da xala dos POWER RANGERS mamã…”

“Oh filho! Mas a mamã guarda segredo” (isto acompanhado de um olhar de suplica que nunca antes foi visto numa mãe…)

“NÃO! MAMÃ!.. NÃO!!!”

E deixou-me ali especada… no meio da sala… e a roer-me… tinha de esperar 72 horas para saber de que ia o meu príncipe… E FOI SE QUIS!

 

(Orgulho da mãe! Segredo é segredo! E não se conta a ninguém! Nem á mãe que o pariu! E MAI NADA!)

 

… to be continued

(qu'eu, em lembrando-me, vai ser uma enxurrilhada de histórias...)

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