Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

soutodaamor

soutodaamor

Cenas de FDS 4

E este FDS foi de filmes... filmes de ecrã não vão vocês pensar que são filmes "dos meus"{#emotions_dlg.smile}

Hoje vi o "O Doador de Memórias" via net, que nem saí de casa...

A Katbel do blog Wine & Lipstick falou nele á tempos. E eu fiquei curiosa. Hoje vi.

O meu parecer de pessoa não entendida em arte cinematográfica:

Começar por dizer que não é o meu género de filme. O filme propriamente dito não é assim "aquela" coisa. Mistura drama e ficção cientifica.

Mas a "ideia" trasmitida é bem interessante.

Ora então pensem comigo:

E se vivessemos num mundo ideal? Sem doenças, dor, guerras, poupados do sofrimento? Mas tambem sem sentimentos.

Não saber o que é uma constipação, uma pneumonia, um cancro.

Não saber o que é a dor provocada por um corte feito por um qualquer objecto afiado, a dor de uma picada de abelha, a dor de bater com o dedo mindinho num degrau.

Não saber o que é uma bomba, vidas perdidas em vales comuns, a guerra do Golfo, a I Guerra Mundial.

Não saber o que é a morte, o abandono de crianças, o abandono dos idosos, o abandono de animais.

Mas tambem não saber o que é dançar.

Não saber o que é abraçar.

Não saber o que é amar.

Não saber o que é beijar.

Este é o mundo ideal apresentado no filme. Começa assim, a preto e branco.

Pessoas que não ficam doentes. E que não dançam.

Pessoas que não enfrentam a morte. E que não se abraçam.

Pessoas que não se aleijam. E que não amam. 

Que desconhecem o que isso é. A preto e branco.

Mas nessa comunidade existe um "Guardador" de tudo isto. E esse sabe de tudo. Sente tudo. Vai ter de "passar" o testemunho. E é então escolhido um jovem. Começa a "Doação das Memórias".

Como já referi, não é, de todo, o género de filme que aprecio.

Mas vi-o. E sinceramente?

Deixou-me cá a pensar!

Deixo-vos dois excertos textuais do filme:

"Mas porquê?... Porque é que nós não temos... aquela coisa..."

"Vá lá!... As memórias dão-lhe nomes... e aquela coisa é..."

"TRENÓ!"

"Trenó."

"E..."

"Neve..."

"NEVE!!! Meus pais... você..."

"Não... é uma memória muito antiga. Resumindo... não há neve por causa do controlo do clima..."

"Mas como as pessoas não sabem isso? O que há de tão perigoso na memória de um trenó?"

"O que é tão perigoso?... Para usar um trenó é preciso neve. A neve é fria. destrói as plantações. Os agricultores não conseguem plantar. O tempo imprevisivel, as colinas, montanhas... seria dificil transportar a comida. Então nós passariamos fome, inanição, famintos... Tudo está ligado, tudo é equilibrio."

...

O outro excerto pequenino:

"O que eu vou ver hoje?"

"Nada... hoje não vai ver nada. já passamos o 'ver alem'. Há outra coisa chamada 'ouvindo alem'."

(vê-se um piano. O "Guardador" toca umas notas)

"Música... E assim como a música há algo mais que não se pode ver com os olhos. Algo que vive dentro de você. (...)"

"O quê?"

"Emoções!"

"Você quer dizer sentimentos?"

"Os sentimentos são temporários... na superfície. Mas as emoções são bem mais profundas... primitivas... elas permanecem..."

...

Deixou-me a pensar este filme.

Deixo-vos tambem a banda sonora com tradução portuguesó-brasileira que foi o que encontrei e portanto levam com ela que já dá para ter uma ideia, não sejam Pessoas Rabugentas e Exigentes, sim?! que eu fiquei fã.

Da banda sonora.

Nem por isso do filme.

Abracinho Apertadinho e bom resto de Domingo.

4 comentários

Comentar post